O grupo “atua” como se fosse a empresa ou órgão que querem atacar. Em outras palavras, assumem literalmente a identidade dos executivos e representantes que eles mais odeiam — e todo mundo adora, claro — muitas vezes encarnando “em nome das próprias empresas” toda a culpa que eles acreditam que deveria por eles ser assumida. Com a única meta de gerar ruído e trazer ao público de massa uma visão daquilo que pode ser a sujeira e o corporativismo velado das instituições, o The Yes Man anda se especializando em distorcer para endireitar, mesmo que para isso tenha o seu próprio braço torcido pelas autoridades a cada novo movimento que fazem. Eles mentem, distorcem, hackeiam, iludem, penetram e quase despencam no abismo que beira o legal e o inteligente e as conferências comerciais de grandes corporações, levando o que chamamos de “jornalismo moleque” ou gonzo para extremos globais — extremos mesmo. Protegendo-se do jeito que dá, eles avançam e se esforçam para mostrar ao mundo o quão ruim podem ser a ganância e a mentira na pilotagem do sistema, enquanto todos suam o diabo para mante-los à distância. Normalmente quando alguém pensa em agir contra, já é tarde demais…
Entre as armações documentário, uma audiência da própria câmara de comércio é pimpada por eles e uma entrevista ao vivo para a rede BBC em nome da DOW Petróleo foram parar no filme, que foi inclusive indicado para o Festival Sundance e outros."