INSPIRAÇÕES
"Tudo que o homem não conhece não existe para ele.
Por isso o mundo tem, para cada um, o tamanho que abrange o seu conhecimento."
(Carlos Bernardo González Pecotche)
O conceito MCF provoca um choque quando é lido pela primeira vez por alguém que nunca conheceu projectos semelhantes. Isso acontece com todas as pessoas, aconteceu com quem criou este Movimento, e esse facto deve-se ao ambiente em que as pessoas foram criadas e preparadas para nele sobreviver. No entanto quem se preocupa com o futuro da sua família e da sua espécie tem de obrigatoriamente estudar este conceito pois ele, de uma forma simples, resolveria 99% dos problemas da humanidade, proporcionando ao mesmo tempo uma excelente qualidade de vida para todos. O conceito MCF é baseado em vários projectos bem fundamentados pelo que para o entender bem, é vital estudar previamente esses projectos relacionados. Eles respondem a qualquer dúvida ou descrença que tenha sobre o conceito MCF. Será uma tarefa que exigirá tempo devido à extensão dos seus conteúdos mas não há milagres e nada se consegue sem esforço, trabalho e dedicação (Avisamos que nem tudo o que está nesses projectos está de acordo ou relacionado com o conceito MCF).
Esta página tem disponíveis centenas de conteúdos analisados durante a construção do Modelo Cooperativo Familiar e que provam os efeitos nocivos do modelo competitivo:
http://www.novacomunidade.org/wiki-mcf
http://www.novacomunidade.org/wiki-mcf
“O Movimento Zeitgeist
não é um movimento político, nem tão-pouco reconhece nações,
governos, raças, religiões, credos ou classes. Estas distinções são
incoerentes e obsoletas, estando longe de serem factores positivos
para o verdadeiro desenvolvimento e potencial humano. As suas bases
assentam na divisão de poder e na estratificação, não na igualdade e
união, que são os nossos objectivos.”
Movimento Zeitgeist (Descrição)
Manual do Activista (Os seus conceitos explicados detalhadamente)
Palestra "Where are We Now? / Onde estamos agora?"
Palestra "Where are We Going? / Para Onde Vamos?"
Palestra "Patologia Social - Social Pathology"
Filme Zeitgeist "ADDENDUM" (2010)
Filme Zeitgeist "Moving Forward"
Desenhando o Futuro (páginas 1 a 24)
Manual do Activista (Os seus conceitos explicados detalhadamente)
Palestra "Where are We Now? / Onde estamos agora?"
Palestra "Where are We Going? / Para Onde Vamos?"
Palestra "Patologia Social - Social Pathology"
Filme Zeitgeist "ADDENDUM" (2010)
Filme Zeitgeist "Moving Forward"
Desenhando o Futuro (páginas 1 a 24)
LIVRO: "O ESPIRITO DA IGUALDADE. Por Que Razão Sociedades Mais Igualitárias Funcionam Quase Sempre Melhor"
De Richard Wilkinson e Kate Pickett TRANSFERIR: GOOGLEDOCS ou SCRIBD (se gostou ajude o autor comprando o ORIGINAL) "Richard Wilkinson e Kate Pickett, dois académicos britânicos, defendem neste livro polémico que são as desigualdades sociais, e não a pobreza em si, que mais contribuem para alguns dos problemas com que o mundo dito desenvolvido se debate actualmente. Através da análise dos indicadores presentes em relatórios publicados por diversas instituições, revelam como a violência, a toxicodependência, a obesidade, as doenças mentais ou a gravidez na adolescência são menos frequentes em comunidades onde a disparidade de rendimentos é menor, independentemente de estas serem consideradas ricas, e sugerem medidas para alcançar o equilíbrio e conceber uma sociedade mais justa. Um livro fundamental que nos obrigará a repensar a forma como nos organizamos e aquilo que valorizamos no nosso quotidiano. " |
VIDEO: Palestra de Richard Wilkinson no TED.
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_Documentário: RENDIMENTO BÁSICO / Grundeinkommen (2008)
YOUTUBE
"O documentário "O Rendimento Básico" explica a justificação económica, ética e histórica para a implementação de um rendimento básico. Contém testemunhos de cidadãos comuns e de economistas, sociólogos e outros especialistas, e apresenta cálculos, gráficos, estatísticas e simulações que revelam a viabilidade, simplicidade e a lógica dessa proposta."
Mais info: http://basicincome2013.eu/ubi/pt-pt/
YOUTUBE
"O documentário "O Rendimento Básico" explica a justificação económica, ética e histórica para a implementação de um rendimento básico. Contém testemunhos de cidadãos comuns e de economistas, sociólogos e outros especialistas, e apresenta cálculos, gráficos, estatísticas e simulações que revelam a viabilidade, simplicidade e a lógica dessa proposta."
Mais info: http://basicincome2013.eu/ubi/pt-pt/
Estudo feito por cientistas da Universidade de Yale, em New Haven, EUA,
publicado na revista Nature com o título invulgarmente simples e poético
“Cooperar com o futuro” mostra que maioria das pessoas está disposta a
sacrificar recursos para si em prol das gerações futuras, mas para que a
minoria egoísta não os esgote é necessário garantir que todos consomem a
mesma quantidade.
ARTIGO: PUBLICO + SLIDESHARE
ARTIGO: PUBLICO + SLIDESHARE
Livro: A PSICOLOGIA DA COOPERAÇÃO E CONSCIÊNCIA GRUPAL
de Torkom Saraydarian (1990)
VER/TRANSFERIR: http://www.mddvtm.org/detalhes-medida.html?id=399
"Cooperação é uma Lei Cósmica, operando no Universo para realizar a construção de todas as formas de vida e levá-las ao seu propósito supremo. Consciência é a percepção da existência dos 'outros'. Este livro mostra que, toda vez que nossa consciência falha no estabelecimento da cooperação, sentimos nosso fracasso intelectual, espiritual e moral."
de Torkom Saraydarian (1990)
VER/TRANSFERIR: http://www.mddvtm.org/detalhes-medida.html?id=399
"Cooperação é uma Lei Cósmica, operando no Universo para realizar a construção de todas as formas de vida e levá-las ao seu propósito supremo. Consciência é a percepção da existência dos 'outros'. Este livro mostra que, toda vez que nossa consciência falha no estabelecimento da cooperação, sentimos nosso fracasso intelectual, espiritual e moral."
http://jakportugal.weebly.com/
JAK BANK - O BANCO QUE NÃO COBRA JUROS
"(Uma reportagem sobre um Banco Cooperativa que não cobra juros nos empréstimos! Gravada na Suécia e na Alemanha em Agosto de 2007.)
Na Suécia existe uma cooperativa com 36 500 membros com um crescimento associativo anual de 5%, onde os seus membros membros emprestam dinheiro uns aos outros sem cobrar quaisquer taxa de juro e que acabou por se tornar num banco, propriedade dos seus associados, um banco que não cobra taxas de juro.
Não se trata de um conto de fadas, esse banco existe, situa-se na Suécia e chama-se JAK Medlemsbank.
Além de ser uma instituição bancária, esta associação é sobretudo um movimento social criado em 1965 e reconhecido oficialmente como banco em 1997. Este sistema financeiro inovador está assim muito próximo da economia real, não necessita de ir buscar dinheiro aos mercados financeiros especulativos, prova que é possível emprestar dinheiro sem juros e que existem soluções para uma sociedade mais justa.Numa economia como a nossa, baseada nas taxas de juros, o dinheiro é transferido dos mais pobres para os mais ricos, até se concentrar nas mãos de uma minoria. Actualmente a massa total do dinheiro que circula no mundo, é constituída, quase exclusivamente, pelo dinheiro proveniente das dividas e das suas taxas de juros. Este dinheiro especulativo não assenta em qualquer valor real, isto é em bens e serviços.
É o crescimento exponencial dessa massa monetária especulativa que irá acabar por atingir um ponte de rotura e provocará o desmoronamento da economia mundial tal como a conhecemos actualmente.
Esta iniciativa bancária prova que é possível construir uma economia sustentável e mais equitativa."
JAK BANK - O BANCO QUE NÃO COBRA JUROS
"(Uma reportagem sobre um Banco Cooperativa que não cobra juros nos empréstimos! Gravada na Suécia e na Alemanha em Agosto de 2007.)
Na Suécia existe uma cooperativa com 36 500 membros com um crescimento associativo anual de 5%, onde os seus membros membros emprestam dinheiro uns aos outros sem cobrar quaisquer taxa de juro e que acabou por se tornar num banco, propriedade dos seus associados, um banco que não cobra taxas de juro.
Não se trata de um conto de fadas, esse banco existe, situa-se na Suécia e chama-se JAK Medlemsbank.
Além de ser uma instituição bancária, esta associação é sobretudo um movimento social criado em 1965 e reconhecido oficialmente como banco em 1997. Este sistema financeiro inovador está assim muito próximo da economia real, não necessita de ir buscar dinheiro aos mercados financeiros especulativos, prova que é possível emprestar dinheiro sem juros e que existem soluções para uma sociedade mais justa.Numa economia como a nossa, baseada nas taxas de juros, o dinheiro é transferido dos mais pobres para os mais ricos, até se concentrar nas mãos de uma minoria. Actualmente a massa total do dinheiro que circula no mundo, é constituída, quase exclusivamente, pelo dinheiro proveniente das dividas e das suas taxas de juros. Este dinheiro especulativo não assenta em qualquer valor real, isto é em bens e serviços.
É o crescimento exponencial dessa massa monetária especulativa que irá acabar por atingir um ponte de rotura e provocará o desmoronamento da economia mundial tal como a conhecemos actualmente.
Esta iniciativa bancária prova que é possível construir uma economia sustentável e mais equitativa."
A BANCA ISLÂMICA
"O Corão proíbe ganhar dinheiro com dinheiro. Isso significa que na Banca Islâmica não existem juros sobre empréstimos, nem especulação financeira nem compra de divida." |
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http://www.bancodetempo.net/
“O Banco de Tempo é um banco em tudo igual aos outros. Tem agências, horário, cheques, depósitos e a particularidade de utilizar o tempo como moeda de troca.
O Banco de Tempo funciona da seguinte forma: qualquer investidor que esteja disposto a dar uma hora do seu tempo para prestar um conjunto de serviços, recebe em retribuição uma hora para utilizar em benefício próprio.”
“O Banco de Tempo é um banco em tudo igual aos outros. Tem agências, horário, cheques, depósitos e a particularidade de utilizar o tempo como moeda de troca.
O Banco de Tempo funciona da seguinte forma: qualquer investidor que esteja disposto a dar uma hora do seu tempo para prestar um conjunto de serviços, recebe em retribuição uma hora para utilizar em benefício próprio.”
LIVRO/PALESTRA: Argumentos contra a Competição / No Contest, The Case Against Competition (1986)
De Alfie Kohn
"«No Contest» permanece como a crítica definitiva da competição. Contrariamente ao senso comum, a competição não é fundamental para a natureza humana; ela envenena as nossas relações e impede-nos de fazermos o nosso melhor. Nesta nova edição (de 1992), Alfie Kohn argumenta que a corrida para ganhar transforma todos em perdedores."
"Alfie Kohn escreve e fala muito sobre o comportamento humano, educação e parentalidade. Ele é autor de doze livros e centenas de artigos. Kohn foi descrito pela revista Time como "talvez o crítico mais franco do país sobre a fixação da educação com notas e resultados de testes." Ele já apareceu duas vezes no "Oprah", assim como no "The Today Show", no "Talk of the Nation" da NPR, e em muitos outros programas de TV e de rádio. Ele passa a maior parte do seu tempo a falar em conferências de educação, bem como para grupos de pais, faculdades, escolas e pesquisadores."
De Alfie Kohn
"«No Contest» permanece como a crítica definitiva da competição. Contrariamente ao senso comum, a competição não é fundamental para a natureza humana; ela envenena as nossas relações e impede-nos de fazermos o nosso melhor. Nesta nova edição (de 1992), Alfie Kohn argumenta que a corrida para ganhar transforma todos em perdedores."
"Alfie Kohn escreve e fala muito sobre o comportamento humano, educação e parentalidade. Ele é autor de doze livros e centenas de artigos. Kohn foi descrito pela revista Time como "talvez o crítico mais franco do país sobre a fixação da educação com notas e resultados de testes." Ele já apareceu duas vezes no "Oprah", assim como no "The Today Show", no "Talk of the Nation" da NPR, e em muitos outros programas de TV e de rádio. Ele passa a maior parte do seu tempo a falar em conferências de educação, bem como para grupos de pais, faculdades, escolas e pesquisadores."
_http://equalmoney.org/wiki/Portugu%C3%AAs
O Equal Money System (Sistema Dinheiro Igual) é um projeto de pesquisa e desenvolvimento para formular e investigar respostas para as políticas gerais que afetam o dia-a-dia na Terra, como o estilo de vida para o ser humano, animal e vegetal.
O Equal Money System (Sistema Dinheiro Igual) é um projeto de pesquisa e desenvolvimento para formular e investigar respostas para as políticas gerais que afetam o dia-a-dia na Terra, como o estilo de vida para o ser humano, animal e vegetal.
_http://www.earth-condominium.org/
O que é o Condomínio da Terra?
Tal como as escadas, telhado e corredores de um prédio, também o nosso planeta tem partes comuns. Partes essas que são imprescindíveis à vida humana e que estão a precisar de manutenção urgente. Se num prédio garantimos a manutenção das partes comuns através do Condomínio, porque não fazemos o mesmo para o planeta? O Condomínio, depois de separar e organizar o que são partes comuns e partes individuais, permite que os interesses particulares e colectivos, frequentemente opostos, se conciliem e se tornem interdependentes. E se pensássemos a Terra como um imenso Condomínio?
O que é o Condomínio da Terra?
Tal como as escadas, telhado e corredores de um prédio, também o nosso planeta tem partes comuns. Partes essas que são imprescindíveis à vida humana e que estão a precisar de manutenção urgente. Se num prédio garantimos a manutenção das partes comuns através do Condomínio, porque não fazemos o mesmo para o planeta? O Condomínio, depois de separar e organizar o que são partes comuns e partes individuais, permite que os interesses particulares e colectivos, frequentemente opostos, se conciliem e se tornem interdependentes. E se pensássemos a Terra como um imenso Condomínio?
Iniciativas de Transição
Manual de Transição
"O que é uma Iniciativa de Transição?
É uma resposta de base local e comunitária a desafios psicossociais, económico-financeiros, energéticos e ambientais, nomeadamente o Pico do Petróleo e as Alterações Climáticas. Uma resposta que se inicia, quando um grupo de pessoas decide agir para criar uma comunidade mais resiliente e feliz, adoptando o Modelo de Transição."
Manual de Transição
"O que é uma Iniciativa de Transição?
É uma resposta de base local e comunitária a desafios psicossociais, económico-financeiros, energéticos e ambientais, nomeadamente o Pico do Petróleo e as Alterações Climáticas. Uma resposta que se inicia, quando um grupo de pessoas decide agir para criar uma comunidade mais resiliente e feliz, adoptando o Modelo de Transição."
Um think-tank chamado “The New Economics Foundation” organizou na London School of Economics uma conferência em defesa de uma ideia totalmente revolucionária: em nome do bem-estar da população, da diminuição da pobreza, da redução do consumo, da diminuição das emissões de dióxido de carbono, ninguém deveria trabalhar mais de 21 horas por semana.
A conferência teve como base um estudo da “New Economics”. O relatório chama-se “21 horas”, mas os seus autores defendem que este número seja uma referência para “um banco de horas”. Ou seja, conforme os interesses da empresa e trabalhador, o trabalho poderia concentrar-se em três dias, ser feito em part-time (três horas por dia) ou até sazonalmente. A ideia é que ninguém trabalhasse mais do que 1092 horas distribuídas ao longo do ano. |
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A ideia de trabalhar menos está directamente relacionada com ganhar menos. Menos horas pagas significam menos salário ao fim do mês. Segundo os autores do estudo, a vantagem imediata para a economia seria abrir mais postos de trabalho e diminuir o desemprego – que tem custos sociais, para a segurança social e para o serviço nacional de saúde, uma vez que as pessoas em situação de desemprego correm o risco de desenvolver mais situações de doença, nomeadamente depressão.
Um maior bem-estar geral seria, segundo os autores do estudo, a consequência imediata. Ao trabalharem menos, as pessoas diminuiriam as doenças associadas ao stress laboral e teriam mais tempo para melhorar a vida familiar, por exemplo, cuidando de crianças e mais velhos. É evidente que essas pessoas teriam menos dinheiro disponível ao fim do mês, o que para os autores do estudo não é nada mau, em termos globais: menos consumo é ecológico. Ou seja, ao diminuir drasticamente os hábitos de consumo, as emissões de dióxido de carbono também seriam reduzidas, contribuindo para um planeta mais sustentável.
Robert Skidelski, um economista keynesiano que participou na conferência de ontem no Centro de Análise da Exclusão Social da London School of Economics, considera que o desenvolvimento da tecnologia vai diminuir o número de empregos a breve trecho. “A resposta civilizada é dividir o trabalho”, defende. Citada pelo “Guardian”, uma responsável do “New Economics”, Anna Coote, afirma que “não há prova de que com menos horas de trabalho as economias são menos bem sucedidas”. Os exemplos que dá são a Alemanha, a mais forte da economia da zona euro (cuja média semanal de horas de trabalho é das menores da zona euro) e a Holanda (outra economia forte, a que não corresponde um maior número de horas de trabalho).
A mudança de paradigma para as 21 horas semanais de trabalho é, defende o “New Economics”, “necessária, desejável e possível”. Vai incluir uma “grande redistribuição de rendimento, riqueza e propriedade, assim como uma redistribuição de tempo”. Para começar a transformação, o think-tank defende que se arranque com uma semana de trabalho de quatro dias. “Diminuindo a semana de trabalho para quatro dias poderemos criar uma melhor balança entre trabalho pago” e aquilo a que chamam “vital core economy”: família, amigos e vida comunitária.
Seria um caminho de pequenos passos, até à grande revolução das 21 horas. O que obrigaria também cada um de nós a “reclassificar” as relações entre tempo, dinheiro e consumo, e a sua verdadeira relação com aquilo que chamamos “bem-estar”.
Toda esta conversa de menos horas de trabalho não está apenas dirigida a uma melhor redistribuição de tempo e rendimentos, mas também ligada à sustentabilidade da Terra. Um exemplo concreto: “A maioria das escolhas de consumo que fazemos é em nome da conveniência. Compramos comida processada, refeições prontas, vegetais pré-embalados, veículos motorizados, etc”. Todas estas escolhas envolvem um enorme gasto de energia, carbono e desperdício. Defendem os investigadores que “se passássemos muito menos tempo a ganhar dinheiro, teríamos tempo de viver de maneira diferente e menos obrigados a utilizar esses produtos. Poderíamos plantar, preparar e cozinhar a nossa própria comida, consertar objectos em vez de os substituir, andar mais a pé ou utilizar transportes públicos”.
O relatório recusa que estas ideias tenham qualquer coisa a ver com uma nostalgia retardada das comunas hippies ou com algum sentimentalismo rural. São “uma antecipação racional de um modo de vida com baixos gastos de emissões de carbono”, fundamental à sobrevivência a prazo.
A ideia, segundo os seus autores, parece perfeita: trabalhar 21 horas por semana vai trazer “ganhos consideráveis, abrindo novas oportunidades para reduzir as desigualdades de rendimento e viver mais saudavelmente.
Mas, claro, há dificuldades para colocar isto de pé. O estudo prevê grandes resistências dos empregadores, subordinados à “lógica do lucro imediato”. Alterar a “cultura dos negócios” seria fundamental para conseguir estabelecer as 21 horas. Como Roma e Pavia não se fizeram num dia, o think-tank propõe “uma grande diminuição da carga fiscal e outros incentivos” para os empregadores que se disponham a contratar um staff extra. Estes empregadores nunca poderão ser prejudicados economicamente por aderirem à revolução das 21 horas.
Os trabalhadores também são um problema, com os de rendimentos mais elevados viciados em padrões de consumo elevado, o que os faz temer reduções salariais. O padrão da cultura dos trabalhadores teria que mudar para que esta fórmula fosse aceite. Os investigadores sugerem que a experiência comece por aquelas famílias em que só um dos membros do casal está empregado: permitiria aos dois beneficiar das vantagens de trabalhar e das maravilhas de mais tempo livre.
LER: IONLINE ou SLIDESHARE
Um maior bem-estar geral seria, segundo os autores do estudo, a consequência imediata. Ao trabalharem menos, as pessoas diminuiriam as doenças associadas ao stress laboral e teriam mais tempo para melhorar a vida familiar, por exemplo, cuidando de crianças e mais velhos. É evidente que essas pessoas teriam menos dinheiro disponível ao fim do mês, o que para os autores do estudo não é nada mau, em termos globais: menos consumo é ecológico. Ou seja, ao diminuir drasticamente os hábitos de consumo, as emissões de dióxido de carbono também seriam reduzidas, contribuindo para um planeta mais sustentável.
Robert Skidelski, um economista keynesiano que participou na conferência de ontem no Centro de Análise da Exclusão Social da London School of Economics, considera que o desenvolvimento da tecnologia vai diminuir o número de empregos a breve trecho. “A resposta civilizada é dividir o trabalho”, defende. Citada pelo “Guardian”, uma responsável do “New Economics”, Anna Coote, afirma que “não há prova de que com menos horas de trabalho as economias são menos bem sucedidas”. Os exemplos que dá são a Alemanha, a mais forte da economia da zona euro (cuja média semanal de horas de trabalho é das menores da zona euro) e a Holanda (outra economia forte, a que não corresponde um maior número de horas de trabalho).
A mudança de paradigma para as 21 horas semanais de trabalho é, defende o “New Economics”, “necessária, desejável e possível”. Vai incluir uma “grande redistribuição de rendimento, riqueza e propriedade, assim como uma redistribuição de tempo”. Para começar a transformação, o think-tank defende que se arranque com uma semana de trabalho de quatro dias. “Diminuindo a semana de trabalho para quatro dias poderemos criar uma melhor balança entre trabalho pago” e aquilo a que chamam “vital core economy”: família, amigos e vida comunitária.
Seria um caminho de pequenos passos, até à grande revolução das 21 horas. O que obrigaria também cada um de nós a “reclassificar” as relações entre tempo, dinheiro e consumo, e a sua verdadeira relação com aquilo que chamamos “bem-estar”.
Toda esta conversa de menos horas de trabalho não está apenas dirigida a uma melhor redistribuição de tempo e rendimentos, mas também ligada à sustentabilidade da Terra. Um exemplo concreto: “A maioria das escolhas de consumo que fazemos é em nome da conveniência. Compramos comida processada, refeições prontas, vegetais pré-embalados, veículos motorizados, etc”. Todas estas escolhas envolvem um enorme gasto de energia, carbono e desperdício. Defendem os investigadores que “se passássemos muito menos tempo a ganhar dinheiro, teríamos tempo de viver de maneira diferente e menos obrigados a utilizar esses produtos. Poderíamos plantar, preparar e cozinhar a nossa própria comida, consertar objectos em vez de os substituir, andar mais a pé ou utilizar transportes públicos”.
O relatório recusa que estas ideias tenham qualquer coisa a ver com uma nostalgia retardada das comunas hippies ou com algum sentimentalismo rural. São “uma antecipação racional de um modo de vida com baixos gastos de emissões de carbono”, fundamental à sobrevivência a prazo.
A ideia, segundo os seus autores, parece perfeita: trabalhar 21 horas por semana vai trazer “ganhos consideráveis, abrindo novas oportunidades para reduzir as desigualdades de rendimento e viver mais saudavelmente.
Mas, claro, há dificuldades para colocar isto de pé. O estudo prevê grandes resistências dos empregadores, subordinados à “lógica do lucro imediato”. Alterar a “cultura dos negócios” seria fundamental para conseguir estabelecer as 21 horas. Como Roma e Pavia não se fizeram num dia, o think-tank propõe “uma grande diminuição da carga fiscal e outros incentivos” para os empregadores que se disponham a contratar um staff extra. Estes empregadores nunca poderão ser prejudicados economicamente por aderirem à revolução das 21 horas.
Os trabalhadores também são um problema, com os de rendimentos mais elevados viciados em padrões de consumo elevado, o que os faz temer reduções salariais. O padrão da cultura dos trabalhadores teria que mudar para que esta fórmula fosse aceite. Os investigadores sugerem que a experiência comece por aquelas famílias em que só um dos membros do casal está empregado: permitiria aos dois beneficiar das vantagens de trabalhar e das maravilhas de mais tempo livre.
LER: IONLINE ou SLIDESHARE
_Documentário: CAPITALISMO E OUTRAS COISAS DE CRIANÇAS / Capitalism & Other Kids' Stuff (2005)
YOUTUBE
"Documentário que nos pede para lançarmos um novo olhar sobre o mundo em que vivemos e questionar alguns dos pressupostos mais básicos sobre a vida no capitalismo."
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"Documentário que nos pede para lançarmos um novo olhar sobre o mundo em que vivemos e questionar alguns dos pressupostos mais básicos sobre a vida no capitalismo."