«(GPT) Neste breve mas incisivo folheto, Adriano Botelho propõe uma crítica contundente ao conceito de “conquista do poder” tal como defendido por correntes socialistas tradicionais, e defende que a verdadeira emancipação dos trabalhadores só pode vir da base, através da ação direta, livre e organizada dos próprios trabalhadores, e não por meio da tomada ou instrumentalização do Estado ou de uma minoria dirigente.
O autor esclarece desde o início o que entende por “poder” — ele define-o como “todo o sistema que confere a um pequeno número de indivíduos a possibilidade de imporem, com o apoio da força armada, as suas opiniões e vontade aos restantes, quer estes estejam ou não de acordo”.
A obra distingue com clareza entre dois tipos de poderes:
1) O poder que se conquista, apoiado pela força, impõe-se.
2) O poder delegado, dado por assembleias ou organismos que podem destituir os mandatários — este último não é “conquista do poder” no sentido crítico que Botelho atribui.
Botelho argumenta que tentar utilizar o Estado ou o poder coercivo para promover a socialização dos meios de produção — como algumas correntes socialistas prometem — é iludir os trabalhadores. Ao contrário, para ele, a socialização só é realmente possível por métodos libertários, por iniciativa dos próprios trabalhadores, numa revolução social que destrua radicalmente o sistema capitalista-estadual.
A obra tem carácter pedagógico e militante: mostra que a “conquista do poder” como fim em si conduz à reprodução do poder que se pretende superar, e por isso defende uma alternativa de organização social onde o poder coercivo seja transformado ou eliminado em favor de formas associativas livres, delegados revogáveis, sem força armada.»
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