«Memória Subversiva: Anarquismo e Sindicalismo em Portugal (1910-1975), realizado por José Tavares e Stefanie Zoche, é o único documentário sobre este movimento, reunindo os testemunhos de vinte e um activistas anarquisas e sindicalistas. Nas primeiras décadas do século XX a ideia anarquista e particularmente o sindicalismo anarquista foram uma força pujante em Portugal. A CGT (Confederação Geral do Trabalho – anarco-sindicalista) era a única Central Sindical que existia no País. A sua publicação, A Batalha, chegou a ser o terceiro diário de maior circulação no País.»
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«Ao longo das páginas que se seguem não é feito um estudo profundo do cooperativismo. A nossa preocupação principal consistiu em fornecer aos trabalhadores, e a outros eventuais interessados, um quadro simples, mas objectivo, da realidade do movimento cooperativo. Não visamos com isso trazer apenas dados teóricos sobre o associativismo cooperativo, e sim contribuir, de alguma maneira, para a própria dinamização desse movimento.
Quer isso dizer que não estamos preocupados com a formação de professores de cooperativismo e sim com o incentivo à militância no mesmo. Ao fazermos uma tal afirmação, baseamo-nos na própria experiência de outros que, militando nesse movimento, colaboraram, em conjunto com outras associações das classes trabalhadoras, na luta contra a exploração do homem pelo homem. Na primeira parte do nosso estudo fornecemos ao leitor um esboço histórico sobre o movimento cooperativo e os princípios básicos que o regem, bem como os seus objectivos. Na segunda parte focalizamos dois casos concretos de funcionamento, não apenas referindo países diferentes, como também sob diferentes sistemas. Tomámos, para o efeito, o Reino Unido, berço do moderno cooperativismo, e a União Soviética, centro mais poderoso desse movimento. Por fim, o nosso estudo aborda o movimento cooperativo em Portugal. Fornecemos alguns elementos da infância do associativismo cooperativo, sua evolução durante as últimas décadas da monarquia e durante a I República, bem como a sua quase liquidação durante o fascismo. Mas é ao período posterior a 25 de Abril de 1974 que dedicamos mais espaço e mais atenção. E de outra maneira não podia ser. Não apenas pelos números e vigor do associativismo, como também pelo sentido que o cooperativismo passou desde então a ter entre nós.»" SE GOSTOU AJUDE O AUTOR COMPRANDO O ORIGINAL.
COOPERATIVISMO, Discursos políticos (1978)
de Henrique de Barros «Os textos aqui reproduzidos constituem a reflexão escrita que o Professor Henrique de Barros, desde que foi empossado como membro do 1º Governo Constitucional, dedicou como Ministro de Estado ao Movimento Cooperativo Português. Trata-se de um conjunto de documentos já veiculados em tempo pelos Órgão de Comunicação Social, infelizmente de forma resumida e nem sempre feliz, que estão na origem da criação do Instituto António Sérgio.» SE GOSTOU AJUDE O AUTOR COMPRANDO O ORIGINAL.
«Diante do colapso do sistema socioeconómico devido à crise ambiental e de recursos que o planeta está a passar, um novo movimento social está a montar uma alternativa sustentável que tem em conta os limites do planeta.
Professores, economistas, engenheiros e filósofos participam neste importante movimento em países como França, Itália, Espanha, Reino Unido ou Canadá.» Vers D'AUTRES MONDES / Another World: Small Farmers, Big Ideas / POR OUTROS MUNDOS (2013) (I6) (461)29/6/2017
Episódio 1 de 6: A Verdadeira Cor do Chá Vermelho
«Na zona rural da África do Sul, o fim do apartheid significou muitas reformas agrárias que visavam redistribuir terras agrícolas pelas as pessoas ditas "coloridas". Sob a pressão dos grandes fazendeiros brancos, pouco sentiram o efeito dessas reformas: 60.000 brancos possuem e gerem 80 por cento das terras aráveis. Quase três décadas após o fim do apartheid, nada mudou no campo. Não em nome de uma ideologia racial que exclui os negros da economia, mas em nome das exigências do mercado internacional. Africanderes e brancos (que representam 9 por cento da população) são donos e senhores do mercado agrícola, possuem todos os meios de produção e não está nos seus projetos, nem na sua mentalidade, permitir que os negros desfrutem de um negócio lucrativo. O exemplo mais notável é certamente a indústria do chá vermelho ou rooibos: falamos de um mercado que conheceu em mais de 20 anos (desde o fim do Apartheid) um crescimento de 2.800 por cento, graças ao sucesso internacional desta bebida. Apenas 1 por cento dessas exportações vem de cooperativas dirigidas por negros, cooperativas que sobrevivem apenas através do comércio justo. Com Tristan Lecomte descobrimos o trabalho dos membros da cooperativa Heiveld. Os seus métodos de colheita são caseiros, especialmente quando comparados com as plantações mecanizadas do africanderes. Eles contentam-se com terras mais hostis, abandonadas por proprietários ricos. Não dispõem de infra-estruturas rodoviárias, mas através do comércio justo, mobilização e energia dos seus membros fundadores, as suas condições de vida melhoraram. Mas o que é mais importante para eles, muito mais que o benefício financeiro conseguido através do comércio justo, é a dignidade e a independência face aos africanderes. Tristan Lecomte revela a vida destes pequenos produtores negros que, num ambiente hostil tanto a nível climático como social, lutam pelos seus direitos, pelas suas terras e por existirem no mercado do chá vermelho, uma planta que cultivavam muito antes da chegada dos colonizadores. Eles são descendentes dos Khoisan, considerado um dos povos mais antigos na história da humanidade e que desde sempre utilizaram esta bebida, originária duma planta chamada Rooibos, cujo nome tornou-se recentemente propriedade intelectual de Rooibos Ltd., uma empresa que detém quase toda a totalidade do mercado.»
Episódio 2 de 6: Um Café que Acorda a Etiópia
De Lampedusa à Arábia Saudita, a atualidade lembra-nos constantemente os riscos mortais assumidos por aqueles que procuram escapar da pobreza da sua terra natal. A Etiópia, apesar do seu crescimento económico recorde, continua a ser um dos países mais pobres do mundo e, para evitar a emigração em massa, o governo proibiu os seus cidadãos de procurar trabalho através das fronteiras nacionais. Que futuro para aqueles que não têm outra escolha a não ser viver num país onde o salário médio é de cerca de 18 euros por mês? Tristan Lecomte leva-nos a descobrir um país surpreendente, onde as soluções para fortalecer a economia rural dependem dos pequenos produtores e, particularmente, dos produtores de café. Principal produto da economia, também é uma alavanca para o desenvolvimento. A partir da reunião dos agricultores, Tristan Lecomte dá-nos a conhecer a vida diária dos etíopes rurais e as mudanças positivas no país, conseguidas através dos pequenos produtores, mas também graças ao desenvolvimento de comércio justo. Aqui, "fairtrade" assume uma dimensão económica crucial: é uma valiosa ferramenta que permite que cooperativas se desenvolvam, especialmente na região de Oromia, onde o comércio justo permite que mais de um milhão de produtores de café e suas famílias, tenham escolas, estradas e acesso a água potável. Este dinheiro não é o fruto do preço "justo" pago pelos compradores estrangeiros por um dos melhores cafés do mundo, mas sim o prémio justo, um montante pago às cooperativas, uma vez que é gasto em projetos conjuntos de desenvolvimento. O resultado é impressionante e é essa esperança e essa abordagem que Tristan Lecomte destaca neste episódio. Embora o país ainda precise de ajuda internacional para se alimentar, é principalmente para financiar projetos locais que permitem aos agricultores da Etiópia atender às necessidades das populações mais pobres da Etiópia.
«É ao pé do muro que separa os EUA do México que a investigação de Tristan Lecomte começa. Este muro tenta conter o que hoje é considerado o maior fluxo migratório da história da humanidade.
Mais de 600 agricultores deixam a sua terra todos os dias para tentar a sua sorte nas grandes cidades do país e os mais corajosos desafiam a morte para se estabelecerem ilegalmente nos EUA. Tristan Lecomte vai tentar compreender as razões para este êxodo rural maciço. A principal razão parece ser o ALENA, o acordo de livre comércio entre o México, Estados Unidos e Canadá. Tristan descobre que o acordo aduaneiro tem favorecido certos setores da economia mexicana, mas destruiu o setor agrícola, especialmente o mercado de milho. Exportador de matérias-primas agrícolas, o país já perdeu a sua soberania alimentar. Uma solução foi proposta pelo semeadores: as OGM. O Supremo Tribunal do país proibiu permanentemente a cultura biogenética, mas em algumas regiões, mais de 33 por cento dos países estão contaminados com genes modificados. Tristan Lecomte leva-nos a encontrar alternativas para aqueles que recusam as exigências das empresas de alimentos. Desde zapotecos a donos de restaurantes em Oaxaca, descobrimos com ele a ligação entre a biodiversidade de culturas e a diversidade cultural. Tristan Lecomte convida-nos a refletir sobre os ditames da indústria de alimentos. E se o maior risco que representam as OGM não for o risco financeiro ou sanitário, mas a capacidade de destruir uma cultura secular, a história de um país que se construiu em torno do "grão dos deuses", o milho?»
Episódio 4 de 6: À Sombra do Cacau
«Tristan Lecomte, um atípico empreendedor social, conduz-nos até ao Peru, na selva amazónica. Os produtos que consumimos, e que são encontrados em supermercados, são responsáveis por 90_ da sua desflorestação. A agricultura intensiva destrói inexoravelmente as últimas áreas de floresta primária. Com Tristan Lecomte, vamos até um afluente do Amazonas. Depois de vários dias de navegação, encontramos uma cooperativa de produtores que se tem concentrado no reflorestamento para aumentar tanto a qualidade como o rendimento do seu cacau. Eles provam que a floresta não é o inimigo do agricultor, mas sim um grande aliado. Uma viagem ao coração de plantações de cacau, onde são mostrados os benefícios da agrossilvicultura, e como é produzido o melhor cacau do mundo.»
Episódio 5 de 6: Pelo Perfume de Um Arroz
«Neste episódio, Tristan Lecomte leva-nos à Tailândia, o primeiro exportador de arroz do mundo. Um dado é claramente notório: a região de Surin, principal área de produção de arroz da região, é a mais pobre do país. Os produtores de arroz muitas vezes não têm outra escolha a não ser enviar os seus filhos para Bangkok, a capital, onde somente a prostituição lhes permite sobreviver. Tristan Lecomte elucida-nos sobre os mecanismos financeiros que regem o mercado de arroz, entrevistando os principais intervenientes do setor. A situação dos agricultores parece sem esperança. No entanto, graças ao Rei, que tem criado numerosos centros de formação, e a audaciosos produtores de arroz, as coisas têm mudado. A agricultura biológica está em grande crescimento, permitindo um notório aumento de receita a quem a pratica. Com Tristan Lecomte, descobrimos também o Sistema Intensivo de Arroz, um método que permite multiplicar por 10 o rendimento do arroz, sem a necessidade de inundar os campos de arroz e sem o uso de fertilizantes químicos.»
Episódio 6 de 6: Um Açúcar de Gosto Amargo
«Tristan Lecomte, leva-nos até às Filipinas, para conhecermos o funcionamento da indústria do açúcar. Com ele descobrimos como era, originalmente, uma luta de classes. Tristan Lecomte mostra-nos o poder dos "proprietários", os "senhores da terra". Estes oligarcas pressionam o governo para preservar seus direitos feudais e escravizar toda uma parte da população rural. Nesta situação, num outro tempo, homens e mulheres encontraram soluções engenhosas, alternativas para fazer ouvir a sua voz e viver uma vida de trabalho digna. Uma viagem ao coração de um país corrompido pelas suas elites, que nos elucida sobre a verdadeira natureza do açúcar, tanto económica como socialmente. Um açúcar com um gosto amargo para 400.000 camponeses sem terra que cortam a cana de açúcar à mão, como fizeram os seus antepassados há 250 anos...» BITCOIN, A MOEDA NA ERA DIGITAL (2014) (I6) (460) de Fernando Ulrich «Em Bitcoin – a Moeda na Era Digital – o economista Fernando Ulrich explica o funcionamento e a história do surgimento da mais nova forma de moeda global. O autor dedica grande parte da obra à análise do fenômeno à luz das mais robustas teorias monetárias de Carl Menger, Ludwig von Mises, F.A. Hayek e Murray Rothbard, rebatendo as principais críticas contra o Bitcoin e aportando, no decorrer da obra, suas próprias contribuições a essas teorias. Bitcoin – a Moeda na Era Digital – proporcionará ao leitor um melhor entendimento não apenas da moeda digital em si, mas também da própria noção de dinheiro. Fernando Ulrich é mestre em Economia da Escola Austríaca, com experiência mundial na indústria de elevadores e nos mercados financeiro e imobiliário brasileiros. É conselheiro do Instituto Mises Brasil, estudioso de teoria monetária, entusiasta de moedas digitais, e mantém um blog no portal InfoMoney chamado "Moeda na era digital".» LER: http://www.mises.org.br/Ebook.aspx?id=99 SE GOSTOU AJUDE O AUTOR COMPRANDO O ORIGINAL: https://www.amazon.com.br/Bitcoin-moeda-na-era-digital-ebook/dp/B00IXR3MH0 APÓS O CAPITALISMO, A visão de PROUT para um novo mundo, de Dada Maheshvarananda (2003) (I6) (414)12/4/2016 «Dezenas de milhares de ativistas de mais de 100 países reuniram-se recentemente no Segundo Fórum Social Mundial, em Porto Alegre, para protestar contra as injustiças do capitalismo e explorar novas alternativas. Seu tema, "Um Outro mundo é possível", deixa-nos a pergunta: "Que tipo de mundo?" Esse novo e revolucionário livro oferece respostas práticas e abrangentes. "Após o Capitalismo: A Visão de Prout para um Novo Mundo" focaliza a Teoria da Utilização Progressiva, ou Prout, um modelo socioeconômico baseado na democracia econômica descentralizada, nas cooperativas e na ética universal. O autor, Dada Maheshvarananda, tem uma personalidade marcante: um estadunidense que decidiu se tornar monge, vestido em trajes de cor laranja, e que tem trabalhado como ativista e professor de yoga e meditação por 25 anos na Ásia e na América do Sul. Ele estudou pessoalmente com o criador do modelo Prout, o pensador indiano Prabhat Ranjan Sarkar (1921-1990), e também é autor e co-autor de vários livros e projetos sobre ecologia, ética e espiritualidade. O livro afirma que o capitalismo contém as sementes de sua própria destruição: a ganância, a competição intensa e a concentração da riqueza nas mãos de poucos. Ao contrário disso, Prout propõe um modelo de desenvolvimento econômico fundamentado em valores universais. O teólogo Leonardo Boff, em sua contribuição para o livro, disse que Prout "é muito importante para todos que almejam uma libertação que comece pelo econômico e se abra para a totalidade da existência humana." O economista Marcos Arruda diz no prefácio: "A proposta de Prout tem a força de constituir-se num projeto pós-capitalista". O historiador revolucionário, Howard Zinn, autor do livro best-seller "A People's History of the United States", escreveu: "Após o Capitalismo é modernamente original. É espiritual e utópico, ao mesmo tempo em que está fundamentado na realidade. Sua análise é inteligente e sua visão, inspiradora." Dada Maheshvarananda destaca que o desenvolvimento equilibrado entre a agricultura e a indústria evitaria a concentração nas grandes cidades e seus altos índices de criminalidade, drogas, estresse, epidemias e destruição ambiental. Também demonstra como cada região do país poderia se tornar auto-suficiente, preservando-se suas peculiaridades culturais e explorando-se racionalmente suas potencialidades econômicas. "Após o Capitalismo" aborda de forma humana e sensível cada aspecto de nossa vida social, constituindo-se numa análise frutífera e indispensável sobre a crise do sistema capitalista mundial. Oferece a esperança de que um outro mundo é possível, sem pobreza, guerras e injustiças. Sua visão prática e sustentável nos desperta o sentimento de que podemos melhorar a condição humana em cada canto do planeta e preservar a existência das outras espécies.» LER: https://drive.google.com/file/d/0B3LuEWCpB2bSTFRlR2x1cmItZTg/view?usp=sharing
«Richard D. Wolff é um economista marxista americano, conhecido por seu trabalho sobre a economia marxista, metodologia económica e análise de classe. Ele é Professor de Economia Emérito da Universidade de Massachusetts, e atualmente é professor visitante no Programa de Pós-Graduação em Assuntos Internacionais da New School University em Nova York. Wolff também ensinou Economia na Universidade de Yale, Universidade da Cidade de Nova York, Universidade de Utah, Universidade de Paris I (Sorbonne) e no Fórum Brecht em New York City.
Escreveu vários livros, participa frequentemente nos meios de comunicação tendo o "The New York Times Magazine" referido-se a Wolff como "o economista marxista mais proeminente da América".» CAPITALISM HITS THE FAN: Richard Wolff on the Economic Meltdown (2009)
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