O filósofo, astrônomo e matemático Giordano Bruno foi um dos maiores pensadores do Século XVI e um dos precursores da ciência moderna. Nascido em Nola (Itália), expulso da Ordem dos Dominicanos por suas ideias conflitantes com a ortodoxia religiosa, viajou por toda a Europa, tendo sido conselheiro de príncipes e reis. Suas idéias metafísicas eram monistas e imanentistas, admitindo que acima de um deus imanente (a "alma do mundo"), haveria um deus transcendente, só apreendido pela fé, mas uma fé inteiramente naturalista, bem diversa da fé cristã.
Processado pela Inquisição de Veneza, preferiu retratar-se (como Galileu), mas seus inimigos conseguiram que fosse mandado a Roma, onde respondeu a novo processo. O filme de Guiliano Montaldo, retrata o processo romano, no qual Giordano Bruno recusou qualquer retratação, sendo condenado e queimado vivo no ano de 1600."
"Quando disse que os processos usados pela Igreja não são os dos Apóstolos, porque a Igreja usa o poder e não o amor, quando eu disse isso, não estava enganado. Quando disse que a minha filosofia é a livre procura e não o dogma, não estava errado.
Eu errei quando acreditei poder pedir à Igreja que combatesse um sistema de superstição, de ignorância, de violência. Errei quando acreditei poder reformar a condição dos homens com a ajuda deste ou daquele príncipe. Vi todas as tentativas que fiz, quanta morte.
Pedir a quem tem os poderes que reforme o poder... que ingenuidade a minha..."