A Economia de Comunhão (EdC) foi lançada por Chiara Lubich (wikipédia) em Maio de 1991 no Brasil e actualmente existem no mundo cerca de 756 empresas EdC, 12 das quais em Portugal. As empresas são a espinha dorsal do projecto e livremente decidem colocar em comum os lucros da empresa segundo três finalidades de igual importância:
- para a ajuda aos pobres.
O primeiro objetivo da EdC é a luta contra a miséria (que preferimos não chamar de "pobreza") como um caminho para a construção de um mundo mais justo e fraterno. A EdC propõe, a quem se encontra em dificuldade econômica ou em qualquer outra forma de indigência (de formação, de direitos...) um caminho de ajuda baseado no princípio de subsidiariedade e, sobretudo, na reciprocidade. Ao "pobre" se oferece primeiro um novo relacionamento, depois se entra com a ajuda material. O primeiro cuidado é o próprio relacionamento.
De fato, a EdC não quer ser um projeto de assistência, mas um projeto onde é a comunidade que resolve os seus problemas, "subsidiada", ajudada, pelos lucros das empresas. Para a definição e a implementação dos projetos de ajuda a EdC colabora com a AMU, uma ONG que há mais de 20 anos trabalha no setor do desenvolvimento.
- para o desenvolvimento da empresa,
A EdC não é um projeto de emergência, nem um projeto de captação de recursos. Ela mira ao desenvolvimento e ao crescimento da instituição empresa, para que possa continuar a gerar riqueza, bens e serviços, e postos de trabalho. Oferecer emprego, especialmente em países mais pobres, é uma forma superior de ajuda ao desenvolvimento.
Portanto, a EdC não se opõe à empresa, em nenhuma de suas formas (desde aquelas individuais àquelas S.A.), mas as chama à própria vocação de geradoras de desenvolvimento humano e de bem comum.
- para a formação cultural
A EdC tem, entre as suas ideias irrenunciáveis, a convicção de que sem uma cultura nova não se faz uma nova economia. O agir econômico é sempre expressão de um estilo de vida mais amplo, de uma visão de mundo. Por isso, desde a primeira inspiração de Chiara Lubich, uma parte dos lucros das empresas é destinada para a formação à "cultura da partilha", sobretudo, através das estruturas de formação do Movimento dos Focolares (cidadelas, imprensa, "centros mariápolis" ). Nestas estruturas as pessoas, pobres ou menos pobres, se formam para uma cultura da reciprocidade, sem a qual a comunhão não poderá jamais se tornar um estilo normal de vida."