Caro Vizinho,
O meu nome é Victor Mendes, tenho 40 anos, resido na nossa freguesia de Olival, Vila Nova de Gaia, e á semelhança da grande maioria dos cidadãos portugueses nunca participei no processo politico. No entanto há cerca de 4 anos atrás, farto de ver as injustiças e desigualdades deste nosso mundo, senti que tinha a responsabilidade perante os meus filhos de fazer a minha parte para construir uma sociedade melhor. Durante quatro anos, dia e noite, investiguei, estudei, analisei, reflecti, construí, partilhei, e infelizmente descobri que a nossa situação é muito pior do que pensava. Descobri coisas que como se costuma dizer “é preciso ver para crer”. Durante esse tempo tive o cuidado de ir recolhendo numa página da Internet (https://www.novacomunidade.org/wiki-mcf) a grande maioria dos conteúdos que analisei com um objectivo duplo: 1º partilhar os meus conhecimentos perante pessoas que duvidem e 2º facilitar o trabalho a quem queira também analisar o funcionamento da sociedade.
O FIM DA ACTUAL CIVILIZAÇÃO
«Civilização é o estágio mais avançado de determinada sociedade humana, caracterizada basicamente pela sua fixação ao solo mediante construção de cidades, daí derivar do latim “civita” que designa cidade e “civile” (civil) o seu habitante.»
Ao contrário do que somos levados a crer pelos meios de comunicação esta “crise” não é passageira. Esta “crise” é um dos primeiros sintomas do fim da actual civilização. Durante os milhares de anos da história da humanidade houve muitas civilizações que desapareceram para dar lugar a outras: Egípcia, Inca, Grega, Romana, etc. O mundo não acabou, apenas houve povos que estavam habituados a dispor de uma determinada quantidade de recursos que a dada altura começaram a escassear por diversos motivos: guerras, revoltas, esgotamento de recursos naturais, fenómenos climáticos, etc. O modo de vida a que estavam habituados mudou contra a sua vontade e muitas vezes com fins mortíferos devido a conflitos sociais, pobreza, fome, doenças, guerras, etc
E é neste ponto perigoso que nos encontramos hoje. Basicamente por 2 motivos: crescimento populacional e sobre-exploração de recursos.
O meu nome é Victor Mendes, tenho 40 anos, resido na nossa freguesia de Olival, Vila Nova de Gaia, e á semelhança da grande maioria dos cidadãos portugueses nunca participei no processo politico. No entanto há cerca de 4 anos atrás, farto de ver as injustiças e desigualdades deste nosso mundo, senti que tinha a responsabilidade perante os meus filhos de fazer a minha parte para construir uma sociedade melhor. Durante quatro anos, dia e noite, investiguei, estudei, analisei, reflecti, construí, partilhei, e infelizmente descobri que a nossa situação é muito pior do que pensava. Descobri coisas que como se costuma dizer “é preciso ver para crer”. Durante esse tempo tive o cuidado de ir recolhendo numa página da Internet (https://www.novacomunidade.org/wiki-mcf) a grande maioria dos conteúdos que analisei com um objectivo duplo: 1º partilhar os meus conhecimentos perante pessoas que duvidem e 2º facilitar o trabalho a quem queira também analisar o funcionamento da sociedade.
O FIM DA ACTUAL CIVILIZAÇÃO
«Civilização é o estágio mais avançado de determinada sociedade humana, caracterizada basicamente pela sua fixação ao solo mediante construção de cidades, daí derivar do latim “civita” que designa cidade e “civile” (civil) o seu habitante.»
Ao contrário do que somos levados a crer pelos meios de comunicação esta “crise” não é passageira. Esta “crise” é um dos primeiros sintomas do fim da actual civilização. Durante os milhares de anos da história da humanidade houve muitas civilizações que desapareceram para dar lugar a outras: Egípcia, Inca, Grega, Romana, etc. O mundo não acabou, apenas houve povos que estavam habituados a dispor de uma determinada quantidade de recursos que a dada altura começaram a escassear por diversos motivos: guerras, revoltas, esgotamento de recursos naturais, fenómenos climáticos, etc. O modo de vida a que estavam habituados mudou contra a sua vontade e muitas vezes com fins mortíferos devido a conflitos sociais, pobreza, fome, doenças, guerras, etc
E é neste ponto perigoso que nos encontramos hoje. Basicamente por 2 motivos: crescimento populacional e sobre-exploração de recursos.
Quando os nossos avós nasceram o planeta tinha cerca de 2 biliões de habitantes. Hoje tem 7 biliões e quando os nossos filhos tiverem a nossa idade prevê-se que existam 9 biliões. São pessoas que querem alimentos, roupas, casas, carros, recreação, tudo itens que requerem recursos naturais.
O que permitiu o aumento exponencial da população foi o desenvolvimento de tecnologia que permite a extracção e exploração de recursos naturais a um ritmo crescente. O exemplo clássico é o do petróleo que pode ser considerado o sangue do nosso modo-de-vida pois praticamente tudo no nosso dia-a-dia depende dele. O virar deste século coincidiu com o chamado pico petrolífero onde o petróleo passa de abundante, de fácil acesso, de qualidade superior e de extracção barata para escasso, de difícil acesso, de qualidade inferior e extracção dispendiosa. O mesmo se aplica aos restantes recursos naturais como solo, cobre, gás natural, urânio, ferro, alumínio, minerais, etc. Existe muita informação sobre o assunto mais a maneira mais intuitiva de qualquer pessoa perceber isso é pelo preço das matérias-primas, dos alimentos, dos combustíveis.
Resumindo, esta crise não é passageira mas apenas o início de um choque civilizacional onde existirão cada vez menos recursos disponíveis e cada vez mais caros. Nada poderá impedir este choque apenas podemos assumir a responsabilidade de preparar a nossa família e a nossa comunidade para o atravessar com algumas mazelas ou sacudirmos a nossa responsabilidade para os governantes e então apenas se repetirá a história: pobreza, desigualdades, conflitos sociais, revoltas, violência, crimes, guerras, ditaduras, genocídios.
AS ALTERNATIVAS
Felizmente, devido á mistura de alguma sorte e muita pesquisa, encontrei também uma forma de não só atravessarmos este choque civilizacional ilesos mas ficarmos ainda com uma qualidade de vida muito superior. Dediquei os últimos 2 anos a aprofundar esse caminho o que resultou na criação do Modelo Cooperativo Familiar (MCF) explicado em www.NOVACOMUNIDADE.org. Mas antes de alguém tentar entender o MCF precisa primeiro interiorizar 2 factos que apesar de não serem difíceis de entender são no entanto consciente ou inconscientemente esquecidos pela maior parte da população:
1º A MUDANÇA NUNCA PARTIRÁ DE CIMA!
Para interiorizarmos isto precisamos saber como funciona o ser humano e a actual sociedade. O ser humano é um organismo que como todo os outros é resultado de milhões de anos de evolução. Durante todo esse tempo ele teve de competir para sobreviver, para se reproduzir, para se alimentar e ainda hoje o tem de fazer. Daí que tenha no seu cérebro uma área que os cientistas chamam de “Complexo R” ou “Cérebro Reptiliano” que continuamente sonda o ambiente que o rodeia em busca de perigos á sua sobrevivência ou em busca de recursos que permitam aumentar o seu tempo e qualidade de vida.
Por outro lado a sociedade utiliza a competição por recursos como modelo de funcionamento. Pode ser comparado a um Monopólio (o jogo) gigante em que cada jogador tem de tentar em 1º lugar não perder recursos e se possível ganhar ainda mais recursos para ter uma folga maior e um melhor nível de vida. Uns nascem com muitas notas, outros com poucas, e depois depende da perícia e dos escrúpulos de cada subir ou descer no estrato social. Não esquecendo que este é um jogo de vida ou morte onde por exemplo diariamente morrem milhares de crianças no mundo por subnutrição, ou onde os melhores jogadores têm uma esperança de vida de 81 anos (Austrália) e os piores de 42 anos (Moçambique). Ou onde uns podem VIVER com recursos mensais no valor de milhares de Euros enquanto outros tentam SOBREVIVER com umas poucas centenas.
Resumindo, se colocarmos o Ser Humano num ambiente competitivo ele vai fazer o possível para manter tudo como está de maneira a não pôr em perigo a sua posição na estrutura social de recursos.
2º TER CONHECIMENTO É A ÚNICA FORMA DE NÃO SER ENGANADO!
Se a pessoa tem conhecimento: SABE; se a pessoa não tem conhecimento: ACREDITA. O problema de acreditarmos no mundo de hoje é que é o dinheiro que move o mundo e o dinheiro não olha a meios para atingir o seu objetivo: mais dinheiro. Para sobreviver as empresa de armas precisam vender armas, as farmacêuticas precisam de doenças para vender medicamentos, as industria químicas precisam vender químicos, as empresas poluidoras precisam continuar a poluir, a Indústria pesqueira precisa continuar a pescar, os militares precisam de conflitos, os policias precisam de criminosos, a justiça precisa de réus, e por aí a fora. Por isso o dinheiro contratará sempre os melhores falantes para convencer as pessoas dos seus objectivos. E para qualquer assunto encontrará sempre duas versões. Por isso a única forma de tomarmos boas decisões é se elas forem baseadas em bastante conhecimento.
O DESAFIO
Portanto o cenário com que me deparo é o seguinte: Iremos começar um declínio civilizacional onde viver será cada vez mais difícil e perigoso, praticamente ninguém tem consciência disso nem da forma de sobrevivermos ao choque, e mesmo que soubessem as mudanças necessárias nunca seriam voluntariamente efectuadas pelos que compõem os poderes políticos e económicos. Perante este quadro não me resta nenhuma alternativa a não ser fazer o possível para divulgar estes factos na minha comunidade buscando na união dos que partilham destas informações e ideais a força necessária para a construção de novos caminhos.
As actuais comunidades estão administrativamente agrupadas em freguesias portanto é nas Assembleias de Freguesia que os cidadãos se devem reunir para partilharem conhecimentos, questões e tomarem as decisões que melhor servem os interesses da comunidade. Brevemente teremos as eleições autárquicas e é nesse contexto que escrevo esta carta. O objectivo da carta é:
1º Partilhar um micro resumo de 4 anos de investigação e fornecer as ferramentas para quem quiser aprofundá-las.
2º Reunir pessoas que compartilhem dessa visão para juntos concorrermos ás eleições na nossa freguesia
O PROGRAMA
· A base do programa será aplicar na comunidade, na medida do possível, o MCF que se traduz em criar, apoiar, incentivar a constituição de Cooperativas Sociais que não tem como objectivo o lucro individual mas o fornecimento de bens e serviços á comunidade ao preço mais baixo possível, a distribuição equitativa do rendimento a todos os intervenientes necessários ao processo comercial, a fixação dos recursos da comunidade na comunidade, a valorização do trabalho em vez do capital e o fomento da unificação da comunidade através da tendencial eliminação da estratificação de níveis de recursos. Será dada prioridade aos residentes desempregados da freguesia.
· Divulgar o MCF e ministrar sessões de formação gratuitas sobre toda a sua envolvência
· Ter semanalmente sessões educativas gratuitas sobre temas que os residentes da Comunidade considerem importante ser do conhecimento da população em geral. Podem ser sessões de cinema, de esclarecimento, palestras, debates, etc
· Ter espaços na freguesia com Internet gratuita, com voluntários que dêem formação e esclareçam dúvidas sobre informática a nível de utilizador, com biblioteca e videoteca sobre assuntos de interesse geral, com programas de estímulo e apoio á leitura
· Fomentar a criação duma cooperativa agrícola biológica que faça parcerias anuais com os donos de terrenos abandonados e permita aos residentes desempregados obter um rendimento extra fruto do seu trabalho. Os produtos podem ser vendidos a todos os interessados e os restantes stocks escoados para as instituições públicas da freguesia.
· Apoiar uma réplica do projecto inglês "Incredible Edible" (http://www.incredible-edible-todmorden.co.uk) onde equipas de voluntários se uniram para transformar o seu espaço público envolvente em espaços públicos comestíveis, plantando arvores e vegetais que podem ser colhidos e consumidos por qualquer um, num projeto que pretende estimular o espírito comunitário através de um elemento indispensável a todos: a comida. Mais informação em : http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/pam_warhurst_how_we_can_eat_our_landscapes.html + http://www.boasnoticias.pt/noticias_uma-cidade-comestivel-com-hortas-para-todos_12308.html + http://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.pt/2012/08/incredible-edible-palestra-ted-de-pam.html
· Criar uma moeda local através de um sistema de pontos semelhante aos projectos www.trocasonline.com ou http://bancodetempo.net/ que permita trocar bens sem usar dinheiro e em que o dinheiro utilizado na aquisição inicial de pontos seja usado para a criação de Cooperativas Sociais.
· Os participantes não serão remunerados, inclusive os eleitos, e caso as tarefas exijam demasiado tempo o valor/hora pago não poderá ser superior ao Salário Mínimo Nacional.
Estas Medidas são apenas o ponto de partida e o programa final será tão completo quanto a quantidade de pessoas e saberes que o compuserem.
Os interessados em aprofundar estes temas ou em participar neste projecto poderão reunir-se ao Grupo do Facebook criado para este efeito (https://www.facebook.com/groups/384626341606360/) ou contactar-me pelo 966******.
Obrigado pela atenção dispensada.
(www.facebook.com/vitor.mendes.vtm)
Olival, 8 de Fevereiro de 2013
O que permitiu o aumento exponencial da população foi o desenvolvimento de tecnologia que permite a extracção e exploração de recursos naturais a um ritmo crescente. O exemplo clássico é o do petróleo que pode ser considerado o sangue do nosso modo-de-vida pois praticamente tudo no nosso dia-a-dia depende dele. O virar deste século coincidiu com o chamado pico petrolífero onde o petróleo passa de abundante, de fácil acesso, de qualidade superior e de extracção barata para escasso, de difícil acesso, de qualidade inferior e extracção dispendiosa. O mesmo se aplica aos restantes recursos naturais como solo, cobre, gás natural, urânio, ferro, alumínio, minerais, etc. Existe muita informação sobre o assunto mais a maneira mais intuitiva de qualquer pessoa perceber isso é pelo preço das matérias-primas, dos alimentos, dos combustíveis.
Resumindo, esta crise não é passageira mas apenas o início de um choque civilizacional onde existirão cada vez menos recursos disponíveis e cada vez mais caros. Nada poderá impedir este choque apenas podemos assumir a responsabilidade de preparar a nossa família e a nossa comunidade para o atravessar com algumas mazelas ou sacudirmos a nossa responsabilidade para os governantes e então apenas se repetirá a história: pobreza, desigualdades, conflitos sociais, revoltas, violência, crimes, guerras, ditaduras, genocídios.
AS ALTERNATIVAS
Felizmente, devido á mistura de alguma sorte e muita pesquisa, encontrei também uma forma de não só atravessarmos este choque civilizacional ilesos mas ficarmos ainda com uma qualidade de vida muito superior. Dediquei os últimos 2 anos a aprofundar esse caminho o que resultou na criação do Modelo Cooperativo Familiar (MCF) explicado em www.NOVACOMUNIDADE.org. Mas antes de alguém tentar entender o MCF precisa primeiro interiorizar 2 factos que apesar de não serem difíceis de entender são no entanto consciente ou inconscientemente esquecidos pela maior parte da população:
1º A MUDANÇA NUNCA PARTIRÁ DE CIMA!
Para interiorizarmos isto precisamos saber como funciona o ser humano e a actual sociedade. O ser humano é um organismo que como todo os outros é resultado de milhões de anos de evolução. Durante todo esse tempo ele teve de competir para sobreviver, para se reproduzir, para se alimentar e ainda hoje o tem de fazer. Daí que tenha no seu cérebro uma área que os cientistas chamam de “Complexo R” ou “Cérebro Reptiliano” que continuamente sonda o ambiente que o rodeia em busca de perigos á sua sobrevivência ou em busca de recursos que permitam aumentar o seu tempo e qualidade de vida.
Por outro lado a sociedade utiliza a competição por recursos como modelo de funcionamento. Pode ser comparado a um Monopólio (o jogo) gigante em que cada jogador tem de tentar em 1º lugar não perder recursos e se possível ganhar ainda mais recursos para ter uma folga maior e um melhor nível de vida. Uns nascem com muitas notas, outros com poucas, e depois depende da perícia e dos escrúpulos de cada subir ou descer no estrato social. Não esquecendo que este é um jogo de vida ou morte onde por exemplo diariamente morrem milhares de crianças no mundo por subnutrição, ou onde os melhores jogadores têm uma esperança de vida de 81 anos (Austrália) e os piores de 42 anos (Moçambique). Ou onde uns podem VIVER com recursos mensais no valor de milhares de Euros enquanto outros tentam SOBREVIVER com umas poucas centenas.
Resumindo, se colocarmos o Ser Humano num ambiente competitivo ele vai fazer o possível para manter tudo como está de maneira a não pôr em perigo a sua posição na estrutura social de recursos.
2º TER CONHECIMENTO É A ÚNICA FORMA DE NÃO SER ENGANADO!
Se a pessoa tem conhecimento: SABE; se a pessoa não tem conhecimento: ACREDITA. O problema de acreditarmos no mundo de hoje é que é o dinheiro que move o mundo e o dinheiro não olha a meios para atingir o seu objetivo: mais dinheiro. Para sobreviver as empresa de armas precisam vender armas, as farmacêuticas precisam de doenças para vender medicamentos, as industria químicas precisam vender químicos, as empresas poluidoras precisam continuar a poluir, a Indústria pesqueira precisa continuar a pescar, os militares precisam de conflitos, os policias precisam de criminosos, a justiça precisa de réus, e por aí a fora. Por isso o dinheiro contratará sempre os melhores falantes para convencer as pessoas dos seus objectivos. E para qualquer assunto encontrará sempre duas versões. Por isso a única forma de tomarmos boas decisões é se elas forem baseadas em bastante conhecimento.
O DESAFIO
Portanto o cenário com que me deparo é o seguinte: Iremos começar um declínio civilizacional onde viver será cada vez mais difícil e perigoso, praticamente ninguém tem consciência disso nem da forma de sobrevivermos ao choque, e mesmo que soubessem as mudanças necessárias nunca seriam voluntariamente efectuadas pelos que compõem os poderes políticos e económicos. Perante este quadro não me resta nenhuma alternativa a não ser fazer o possível para divulgar estes factos na minha comunidade buscando na união dos que partilham destas informações e ideais a força necessária para a construção de novos caminhos.
As actuais comunidades estão administrativamente agrupadas em freguesias portanto é nas Assembleias de Freguesia que os cidadãos se devem reunir para partilharem conhecimentos, questões e tomarem as decisões que melhor servem os interesses da comunidade. Brevemente teremos as eleições autárquicas e é nesse contexto que escrevo esta carta. O objectivo da carta é:
1º Partilhar um micro resumo de 4 anos de investigação e fornecer as ferramentas para quem quiser aprofundá-las.
2º Reunir pessoas que compartilhem dessa visão para juntos concorrermos ás eleições na nossa freguesia
O PROGRAMA
· A base do programa será aplicar na comunidade, na medida do possível, o MCF que se traduz em criar, apoiar, incentivar a constituição de Cooperativas Sociais que não tem como objectivo o lucro individual mas o fornecimento de bens e serviços á comunidade ao preço mais baixo possível, a distribuição equitativa do rendimento a todos os intervenientes necessários ao processo comercial, a fixação dos recursos da comunidade na comunidade, a valorização do trabalho em vez do capital e o fomento da unificação da comunidade através da tendencial eliminação da estratificação de níveis de recursos. Será dada prioridade aos residentes desempregados da freguesia.
· Divulgar o MCF e ministrar sessões de formação gratuitas sobre toda a sua envolvência
· Ter semanalmente sessões educativas gratuitas sobre temas que os residentes da Comunidade considerem importante ser do conhecimento da população em geral. Podem ser sessões de cinema, de esclarecimento, palestras, debates, etc
· Ter espaços na freguesia com Internet gratuita, com voluntários que dêem formação e esclareçam dúvidas sobre informática a nível de utilizador, com biblioteca e videoteca sobre assuntos de interesse geral, com programas de estímulo e apoio á leitura
· Fomentar a criação duma cooperativa agrícola biológica que faça parcerias anuais com os donos de terrenos abandonados e permita aos residentes desempregados obter um rendimento extra fruto do seu trabalho. Os produtos podem ser vendidos a todos os interessados e os restantes stocks escoados para as instituições públicas da freguesia.
· Apoiar uma réplica do projecto inglês "Incredible Edible" (http://www.incredible-edible-todmorden.co.uk) onde equipas de voluntários se uniram para transformar o seu espaço público envolvente em espaços públicos comestíveis, plantando arvores e vegetais que podem ser colhidos e consumidos por qualquer um, num projeto que pretende estimular o espírito comunitário através de um elemento indispensável a todos: a comida. Mais informação em : http://www.ted.com/talks/lang/pt-br/pam_warhurst_how_we_can_eat_our_landscapes.html + http://www.boasnoticias.pt/noticias_uma-cidade-comestivel-com-hortas-para-todos_12308.html + http://sustentabilidadenaoepalavraeaccao.blogspot.pt/2012/08/incredible-edible-palestra-ted-de-pam.html
· Criar uma moeda local através de um sistema de pontos semelhante aos projectos www.trocasonline.com ou http://bancodetempo.net/ que permita trocar bens sem usar dinheiro e em que o dinheiro utilizado na aquisição inicial de pontos seja usado para a criação de Cooperativas Sociais.
· Os participantes não serão remunerados, inclusive os eleitos, e caso as tarefas exijam demasiado tempo o valor/hora pago não poderá ser superior ao Salário Mínimo Nacional.
Estas Medidas são apenas o ponto de partida e o programa final será tão completo quanto a quantidade de pessoas e saberes que o compuserem.
Os interessados em aprofundar estes temas ou em participar neste projecto poderão reunir-se ao Grupo do Facebook criado para este efeito (https://www.facebook.com/groups/384626341606360/) ou contactar-me pelo 966******.
Obrigado pela atenção dispensada.
(www.facebook.com/vitor.mendes.vtm)
Olival, 8 de Fevereiro de 2013