O filme mostra milhares de partidários de Aristide se reunindo para celebrar a sua eleição: ele prometeu a mudança política e social, melhor educação, alimentação e cuidados de saúde para as massas. Mas nem todos estavam a favor da mudança. A comunidade de negócios e a comunidade militar do Haiti trabalharam contra Aristide desde o início. E eles não aceitaram, ao que parece, que o voto de um homem pobre valha tanto quanto o de um homem rico.
Internacionalmente, a media mainstream apenas relatou negativamente sobre Aristide. Na sua saída, deram a impressão de que Aristide fugiu para a África do Sul com receio de sua segurança. Um governo de transição foi posto em prática enquanto dezenas de milhares de simpatizantes pro-Aristide/Lavalas tomaram as ruas para exigir seu retorno. Esta realidade é capturada em detalhe notável, expondo e denunciando uma das premissas principais que justificaram a queda de Aristide, ou seja, que ele teria perdido o apoio do povo haitiano.
O filme mostra marchas e comícios de esperança cheios de pessoas unidas em protestos pacíficos. Suas vozes cairam em ouvidos surdos e foram muitas vezes silenciada por balas de granizo. Chamando os manifestantes de bandidos a polícia haitiana praticou tiroteios bem-documentados, prisões e assassinatos. Ironicamente, os membros da ONU são filmados dizendo às pessoas para escutar e respeitar a polícia, mesmo quando a matança continua e as prisões haitianas se enchem de presos políticos. Dado que a resistência armada cresce contra a repressão, a ONU lança ataques militares contra várias comunidades e são acusados pelos haitianos de cometerem massacres.
Um filme que a ONU não quer que você veja!"